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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A CULPA

A CULPA.


Que culpa pode ter um homem
Por se deixar apaixonar
Será preciso que o apontem
Por se deixar impressionar

Como poderá este sair
Sem ter um rumo e sem olhar
Terá culpa de se deixar ir
Sem poder antes aprofundar?

A responsabilidade é que recai
Sempre para o mesmo lado sem pudor
Pudor dos dois esse que se vai
Quando não se pensa nem na dor

A dor de quem está de lado
Durante este acto desmentido
Pois dois Terão lá estado,
Mas sem nunca lá ter ido.

Numa mulher que anda solta
Ou regresso de quem falhou
Nunca se assume na volta,
Nem pinga do que se passou.

Mas que triste esta realidade,
A de hoje que é tão singular
Revela perdida a oportunidade
E sem vontade de a encontrar

Não sabendo nem quem somos
Se não soubermos quem temos
Em casa, na rua, seremos como
A vontade de quem escolhermos

O sentimento de querer
Com o tempo se desvanece
Tal como a vontade de viver
Que nem sempre se reconhece.

No final fica só a Acrimónia
De quem se quer arrepender
Dessa tão querida Cerimónia
Que agora, queremos esquecer

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